O Transmídia revoluciona as narrativas audiovisuais
17-11-2010 17:24O transmídia revoluciona as narrativas audiovisuais
A palavra trans por si já nos convida a um deslocamento. A idéia de aplicar esse movimento às mídias nos conduz a algo que perpassa os suportes como o Cinema, a TV, a Internet, o Videogame e o Celular.
A realizadora Bárbara Mota, formada em Cinema e Audiovisual pelo Instituto de Artes e Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF), lembra que o transmídia não se resume em reproduzir o mesmo conteúdo, como um comercial, em cada mídia. Trata-se de uma técnica de comunicar uma narrativa principal (denominada nave-mãe) em múltiplas plataformas, cada uma delas contando uma história diferente e autônoma.
O transmídia no cinema
Bárbara participou da edição 2010 da Semana da Comunicação da Universidade Católica de Brasília, citou o exemplo do filme “Piratas do Caribe”. Segundo ela, a saga se tornou uma franquia - diversos produtos que formam um diferente universo. Há o filme, jogos, histórias em quadrinhos com histórias diferentes das da trilogia, alcançando assim, diferentes públicos através das plataformas.
Além do bom exemplo dado pela palestrante com “Piratas do Caribe”, Bárbara mostrou também um exemplo extremo que, segundo ela, não deve ser seguido. A trilogia “Matrix”, que teve um primeiro filme “ótimo”, segundo Bárbara, não obteve o mesmo sucesso alcançado na sua sequência. Quem não viu o jogo de videogame, não entendeu o segundo filme e, consequentemente, deixou de ver o terceiro. Bárbara disse ainda que “a idéia do transmídia é criar portas e não impor barreiras”.
Dicas
Para alcançar sucesso na profissão, Bárbara ressalta que o profissional “deve conseguir mesclar as diferentes plataformas midiáticas, levando em consideração o potencial de cada uma. A opinião do fã precisa ser respeitada e a mídia deve procurar atingir todos os públicos. Para isso ser viabilizado com sucesso, um bom planejamento precisa ser feito.”
Dimitri Alexandre / Leonardo Coelho
F5 Produções
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