Em defesa do sujeito original
25-11-2010 10:31
Introdução
Plágio, segundo o dicionário, significa assinar ou apresentar como sua qualquer obra artística ou científica de outrem. Em outras palavras é dizer que certo indivíduo não tem a capacidade de expressar ali sua própria opinião, tendo a necessidade de outras obras sobre determinado assunto para copiar, não citando fontes no seu texto produzido. Apesar de ser um crime previsto no Código Penal, não são em todos os casos que há condenação por plágio.
Com os avanços e a maior utilização da internet por parte da população, se tornou cada vez mais fácil o ato de plagiar, pois com a facilidade de se ter informações sobre certo assunto é muito maior. Por mais assustador que seja, a realidade é que atos como estes são feitos por alunos de escolas e principalmente de Universidades, com o pensamento de que assim estará enganando seus professores.
Plágio - Lei nº 9.610/98
A Lei 9.610, ‘’regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta dominação os direitos de autor e os que lhes são conexos’’, ou seja, o direito autoral garante ao autor das obras propriedade exclusiva de suas produções.
Um texto é algo individual, de cada um, pois é onde está expresso sua cultura, costumes e sua forma de pensar e cabe somente a ele o direito autoral de expor sua obra, seja ela qual for.
Antes de tudo, o autor deverá autorizar ou não a comercialização da sua criação, qualquer adaptação ou tradução.
Internet: um passo para o plágio
A modernidade está sendo algo em constante evolução. Hoje em dia, a sociedade se tornou refém e acomodada por conta dessa modernidade. A maioria das pessoas não aluga mais livros gigantescos em bibliotecas para fazer um trabalho acadêmico, por exemplo. A internet é um verdadeiro acervo de informações e por causa dela se tornou concreta a ideia de sociedade de informação, onde cada vez mais a busca por conhecimento é democrática. Sendo isso, qualquer indivíduo tem o direito de saber sobre tudo que achar necessário.
Atualmente, a importância da internet é algo indispensável. Muitos sites de pesquisas apareceram ao longo desse tempo, a exemplo do Google. É bastante comum quando se tem algo a pesquisar irmos direto nesse site, mas todo cuidado é pouco. Não são todos os sites que o Google irá te levar que é confiável e seguro. Ainda mais por que como qualquer outra empresa possui também interesses de mercado. Empresas que pagam melhor e utilizam-se do site para sua divulgação ficará sempre na primeira página de buscas, sendo assim mais acessadas. Essa conta é feita através de porcentagens em quantos cliques demos em determinada página. Nada mais justo e óbvio, pois vivemos em um mundo totalmente capitalista.
A internet não é o problema em questão. A questão é de como você utiliza desses recursos no seu dia-a-dia. Um exemplo muito próximo e recente foi o caso que ocorreu com um aluno da Universidade Católica de Brasília. Escalado para fazer uma reportagem para a revista da universidade “Artefato”, o estudante agiu de má fé. Utilizando a internet e sites de buscas, plagiou tal reportagem de um renomado repórter do jornal Correio Brasiliense, no qual ele mesmo chegou a ver sua reportagem estampada em outro meio midiático.
Muitas pessoas, por falta de capacidade ou por falta de tempo acabam agindo dessa forma. Principalmente um graduando que tem esse tipo de atitude dificilmente terá oportunidades no mercado. É importante sabermos de tudo um pouco para que casos assim não ocorram.
Jean Noel Jeanneney, autor do livro “Quando o Google desafia a Europa” cita que o surgimento da internet trouxe muitas facilidades. Com essas facilidades muitas perguntas são feitas, como por exemplo, se o livro pode desaparecer por conta das bibliotecas existentes virtualmente. Segundo Jean, os livros não irão acabar, pois muitas pessoas ainda buscam o conhecimento além do permitido pela internet, acarretando assim, a procura pelos livros.
Considerações Finais:
O ato de roubar ou furtar é crime previsto em lei. Pensa-se que apenas é considerado roubo quando se trata de coisas materiais e acabam esquecendo que roubar ideias de outras pessoas também é crime. Um indivíduo que sempre procura ser original nos seus conceitos estará com certeza à frente dos demais que não procuram ter seus próprios pensamentos. Toda pessoa tem capacidade suficiente para tal.
Basear-se nos outros não é plágio, pois desde pequenos passamos por isso quando aprendemos a falar, a escrever ou até mesmo a andar. Da mesma maneira ocorre ao tratar-se da escrita de textos. Não nascemos sabendo de tudo e com base nisso precisamos sempre estar em constante aprendizado, ampliando nossos conhecimentos lendo livros, textos escritos por outras pessoas para definirmos nossa opinião sobre determinado assunto.
O aumento das ocorrências sobre o plágio trouxe diversas discussões. A maneira para, não acabar, mas diminuir os plágios é tentar de alguma forma mostrar desde cedo a estudantes que existem muitas formas de se realizar pesquisas relevando a importância de citar suas fontes.
Fontes:
Sites:
Disponível em: https://www.jusrinet.hpg.ig.com.br/legislacao/lei_aut.htm Acesso em: 23/10/2010
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ci/v29n2/a09v29n2.pdf Acesso: 19/10/2010
Livro:
JEANNENEY, Jean – Noel. Quando o Google desafia a Europa -Contracapa Livraria Ltda.
Por: Wlissara Benvindo
F5 Produções
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