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O PREÇO

 

CAPÍTULO 1

Era manhã de segunda-feira. Escolhi uma roupa básica e fui para a faculdade estudar. Naquele dia eu teria Introdução à Comunicação. Logo no início da aula, a professora – que parecia ser “gente fina” – escreveu no quadro as instruções de um trabalho para ser entregue na próxima aula. A princípio, comecei a digitar no notebook, mas como a bateria estava quase no fim, resolvi poupá-la para fazer a pesquisa mais tarde e escrevi na agenda o que estava no quadro negro.

O sinal bateu. Saí da sala em direção à mesinha que ficava próxima ao restaurante onde eu iria almoçar mais tarde. Sentei, liguei o notebook e iniciei minha pesquisa. O telefone tocou. Era meu namorado. Ele havia conseguido comprar um dos últimos ingressos para o camarote de uma festa que aconteceria no final de semana seguinte em Caldas Novas, Goiás. Fiquei feliz com a notícia e mais ainda depois que encontrei um texto que falava exatamente sobre o tema do trabalho. Não pensei duas vezes. “Ctrl+C”, “Ctrl+V”. Salvei o trabalho em meu pendrive e, quando cheguei em casa, corri para o escritório e imprimi. Fiquei triunfante! Meu trabalho estava pronto antes do prazo, o que significava que eu poderia arrumar minhas malas sem peso algum na consciência.

 

CAPÍTULO 2

O celular me despertou, era hora de acordar para ir para a faculdade. Eu estava cansada tanto da festa, quanto da viagem de volta para casa. Dancei tanto que nem sabia se ainda havia pernas suficientes para eu ir para a aula, mas era hora de voltar à realidade e eu teria que aceitar isso.

Cheguei à sala, a professora já estava lá e, minutos depois, deu início à aula. Quando ela escreveu no quadro o tema da aula, gelei. PLÁGIO. Eu havia cometido isso na semana passada. Como eu não pensei antes? Baixei um pouco a cabeça. Apesar de ninguém na sala saber o que eu tinha feito, fiquei com vergonha de mim mesma naquele momento.

A professora pediu para escrevermos um texto sobre o tema. Deveríamos entregá-lo até as 11h, quando a aula teria fim. Enquanto nós redigíamos, ela fazia caras e bocas em frente ao notebook. Não entendi o porquê, então voltei a atenção para o meu texto e comecei a escrever o último parágrafo.

O relógio marcava onze horas. Entreguei meu trabalho e saí em direção à porta. Já estava quase saindo quando ouvi meu nome.

 

CAPÍTULO 3

Era ela. A professora estava me chamando. Mas o que ela queria comigo? Mantive a calma e voltei em direção à mesa dela. Para minha quase-surpresa, ela estava com meu trabalho em mãos. Mostrou-me a nota – zero – e perguntou por que eu havia feito aquilo. Fiquei envergonhada e demonstrei meu sentimento abaixando a cabeça mais uma vez. Foi com esse movimento que tive uma brilhante ideia. Peguei minha carteira, tirei dela algumas notas e as ofereci à professora. Se ela aceitar, além de não ganhar um zero, ninguém da turma ficará sabendo do acontecido. 

Questionário

Enquete para os leitores: A professora vai aceitar o suborno para mudar a nota de sua aluna, ou não?

Sim (1) 33%

Não (2) 67%

Total de votos: 3

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